Sobre Nós

Etemi Odé Lekanjire

Temos a honra de apresentar neste site, o orgulho de cultivar uma religião que tem a influência dos negros escravos, de homens, mulheres e crianças atemorizado pela desigualdade, mas que suportaram esta agonia acreditando na fé, ficando em suas memórias uma esperança para um futuro melhor.

Em primeiro momento falaremos um pouco sobre nossos ancestrais, negros oriundos da África Ocidental que atravessaram o Atlântico como mercadorias para o homem branco, os lusitanos. Mostraremos também, o cotidiano do templo apresentando uma comunidade alegre e cumpridora das funções. Suas funções estão em paradoxo com cargos adquiridos no percurso de inicialização, mantendo uma hierarquia religiosa em mitos, ritos e cultos.

Estarão nas páginas deste site, a classificação das famílias vodum ,seu lugar de origem e seu culto. Relataremos e divulgaremos uma lista de ebós, de odu e Omo-odu. Teremos em anexo as utilizações das ervas no científico e no religioso. A associação das cores com os deuses africanos e suas características, ou seja, arquétipo. Nosso site estará ao dispor dos visitantes e aceitando sugestões para melhorias. O nosso propósito é atender a demanda pública na divulgação do saber.

Etemi Lekanjire

Sacerdote da Cultura Afro-brasileira

LITURGIA KWE LEKANJIRE

         

    Através desta página contaremos a inclusão do Sr. Alexandre José Gonçalves de Miranda na cultura afro-brasileira, sua iniciação até alcançar a graduação de sacerdote, ou seja, seu Odu Eji, que posteriormente implantou seu  templo Kwe Lekanjire.

    Aos 9 anos de idade numa noite ao adormecer, o sagrado menino encontrava se agitado, inquieto. Naquela  noite foi transportado telepaticamente para a África. Lá estava o menino dentro de uma aldeia sendo admirado por um pajé que dançava sacolejando suas palhas mostrando seu cetro que chamava atenção, o Griot. Notou que o cetro apontava para outro lado, mostrando outra energia, outro ancestral do lado oposto, paramentado de guerreiro africano, coberto de penas. Ambos passaram a compartilhar da mesma dança, que aos poucos foram chegando perto de um templo sagrado. Ao notarem o templo, olharam e transmitiram uma mensagem telepática, informando que ali seria a missão, a casa sagrada dos ancestrais, que acolheria as efemeridades humanas. Essa foi a primeira menção enviada pelos vodum através de corrente magnética dos neurônios.

                        Depois de anos passados, começou a aflorar energias constante,  sem ter forças para reagir. Daí em diante começou a freqüentar a primeira casa espiritual chamada Templo de Caboclo Pena Branca, no centro de Duque de Caxias. Passou também por um bom tempo no Abasa D’Soba, Sobaluan, sacerdotisa Dijalma de Yemanja, da nação banto (Angola),  familiarizando-se e tentando sua iniciação, mas ainda não era a escolha dos ancestrais.

            Anos depois, passou a freqüentar o Ilê Oxum Apara, Nação Efon com a sacerdotisa Jacira D’Oxum Apara, situado na Rua Imperador 86 – Parque Flora – Miguel Couto – Nova Iguaçu, onde deu-se sua iniciação.

            No dia 26 de Outubro de 1988 deu-se início ao cerimonial como neófito na cultura afro-brasileira pelo ancestro,  vodum Azonsu.

            Após um ano e alguns meses de iniciado, começou acontecer coisas absurdas espirituais, intuições fortes, vozes num elevado grau. Não tinha imaginação do que estaria acontecendo, até que um dia encontrava-se impaciente e procurou um jogo de búzios, onde encontrou a ajuda do povo banto pelo tateto de matamba, sacerdote Oyadelecy, onde decifrou a explicação dos dons espirituais que ocorria com ele. Após descoberta iniciou sua nova caminhada, envolvendo-o fortemente com energias ancestrais. Daquele dia em diante nascia o Sacerdote do Culto – Afro, mantendo um paradoxo de energias entre os vodum Azonsu/Odé, como ori-Meji. Inserindo-o nas águas de Djedje Mahin, no Kwe Oyawajidenan, Rene de Yansan, em Cabuçu – Parque dos Girassóis. Neste Kwe  toumou todas suas obrigações com o orunkó  Odé Lekanjire. Após 3 meses de Djedje, pegou a responsabilidade paterna dando inicio a vodunsi Maria da Conceição que  aflorava feitura, confirmado por Rene D’Oya. E no dia 21 de dezembro de 1993 nascia a primeira Vodunsi de Lekanjire, estendendo o axé com permissão de todos os ancestrais africanos da corte de Maíí.

            No ano posterior foi dada a confirmação do primeiro Ogan do axé, Pejigan Jairo D’Olisa, Baba Gundeji, no dia 22 de Outubro de 1994, dentro do Kwe Oyawagidenan. Também foram suspenso por Pai Odé, Manuel Alberto Giarola(ogan) e Francilene Barbosa (ekeji), todo esse esplendor de energias foram aumentando e pressionando Lekanjire no objetivo de começar a construir o Kwe de Odé e Azonsu.

            Posteriormente foram realizadas várias reuniões para ver como atingir a meta da construção do Kwe.

            Outrossim, no dia 28 de novembro de 1995 foi comprado um terreno para construção da Instituição do Kwe. Foi um dia de alegria e comemorações. Estavam presente reunidos: Janice Pedrosa, Jeremias Pedrosa, Jairo pedrosa, Damilza Miranda e Alexandre Miranda, ambos contagiados pela alegria. O terreno é situado na Rua Coimbra nº 16, N.S. das graças, Miguel Couto – Nova Iguaçú.

            Tudo estava sendo cumprido conforme os búzios do Etemi Rene D’Oya, os afazeres feitos com muita satisfação, com reuniões de idéias para o dia da inauguração, todos estavam eufóricos.

            No dia 26 de Outubro de 1996 teve a inauguração, nascendo naquele dia uma instituição que seria a extensão do axé da roça dos venturas, tendo em seu primeiro evento  a jornada das vondunsi Sudanilegi, Oyakanfé e Yakemile, durante a festividade Odé suspendeu o menino Erick para ogan. Neste dia nascia o Kwe Lekanjire – Djedje Mahin– Axé Venturas.

            Seis meses após, o kwe deu início a outra jornada com os vodunse To Omokayele, Yaomisile e Baba Funsile. No mesmo mês entrava para o axé ogan Reginaldo, oriundo do axé de efon (ijexa), que mudou de nação afirmando-se como merruntó, com o orunkó de OgunTunwagile.

            No decorrer vários filhos foram entrando para o axé, aumentando a comunidade e enquadrando-se com as normas do sacerdote e da nação, nos ritos, mitos e na hierarquia de Mahin.

         

            Sacerdote Lekanjire

   Sacerdote da cultura Afro-brasileira